
Especialidades Médicas

Obstetrícia
“ Orgulhosamente grávida carrega sua semente, milagre da vida, dois corações num só corpo...”
PRÉ-NATAL
Garantir a saúde do bebê e da gestante começa logo no início da gravidez. Por isso, o acompanhamento pré-natal é fundamental para uma gestação segura.
Através de exames realizados periodicamente é possível acompanhar o desenvolvimento do feto dentro do útero e prevenir complicações, como por exemplo, o parto prematuro, diabetes gestacional, entre outros.
Consultas, avaliações e exames devem ser realizados de acordo com a solicitação do médico.
GESTAÇÃO DE RISCO
Uma gravidez é considerada de risco quando o médico detecta, através de exames, que existe algum risco de doença ou morte para a gestante ou para o bebê.
É comum, durante o período de gestação, que a mulher sinta náuseas, enjoos, dificuldade na digestão, prisão de ventre, câimbras, etc. Porém, existem outros sintomas que podem indicar uma gravidez de risco como por exemplo: sangramento vaginal, contrações uterinas precoces, tonturas e desmaios, dores ao urinar, aceleração dos batimentos cardíacos.
As características que definem a gravidez de risco são divididas em dois grupos: as que acontecem antes e durante a gravidez. As do primeiro grupo são patologias pré-existentes como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e outras doenças crônicas. Já no segundo grupo estão diabetes gestacional, síndromes hipertensivas, doenças infecciosas e o diagnóstico de má formação do feto. Por isso, a importância de um pré-natal adequado e com acompanhamento de especialista.
Quando houver o diagnóstico de gravidez de risco, é de extrema importância seguir todas as orientações médicas. As recomendações que deverão ser seguidas dependerão do perfil da paciente e da gravidade das condições apresentadas. O médico saberá avaliar a necessidade de cada paciente, podendo trazer outros especialistas para acompanhar alguns casos.
PARTO NORMAL
O parto normal é o desfecho natural de uma gravidez, porque é o momento em que bebê escolhe nascer. Este tipo de parto costuma ser o mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê, porque possui um menor risco de infecção e traz diversos benefícios à criança.
A primeira fase desse processo é o trabalho de parto e pode durar de 12 a 14 horas. Neste período são verificados batimentos cardíacos do feto, pressão arterial, avaliação das contrações, dilatação do colo do útero e observação da posição de descida do feto.
A dilatação do colo do útero é que permite a passagem do bebê. Isso acontece através de contrações, que começam desordenadas até se tornarem intensas, prolongas e regulares. Assim, quando os intervalos entre as contrações diminuem, significa que o parto está próximo.
Quando o corpo da mulher estiver com a dilatação completa, o útero faz pressão sobre o feto, que combinado com a força da gestante, traz a criança ao mundo. E assim, o parto é finalizado com saída da placenta.
É importante ressaltar que ao escolher por este tipo de parto, a mulher encontra diversas vantagens como uma rápida recuperação, produção de leite imediata, menor risco de hemorragia e infecção, além do bebê nascer com seu sistema imunológico mais desenvolvido.
PÓS-PARTO
Pós-parto ou puerpério é o período em que o organismo da mulher retorna às suas condições regulares (existentes antes da gravidez). Normalmente, tem duração de seis semanas e termina quando a mulher volta a ovular – no caso de estar amamentando, este período é imprevisível, podendo demorar de 6 a 8 meses.
O puerpério costuma ser dividido em quatro fases: imediato, que se inicia após a saída da placenta e dura aproximadamente duas horas; mediato, acontece até o décimo dia e é quando ocorre a regressão do útero; tardio, que acontece do décimo ao quadragésimo quinto; e remoto, que vai além do quadragésimo quinto dia até que a função reprodutiva da mulher retorne.
Durante o período, podem haver sangramentos, chamados “lóquios”, normalmente vermelhos, tão ou mais abundantes que a menstruarão. Com o tempo, diminuem e se tornam castanhos, até que, depois de 14 dias, se tornam brancos ou amarelados, até desaparecerem.
O ideal é que a mulher faça uma consulta pós-parto entre o sétimo e décimo dia, pois somente assim será possível identificar patologias frequentes neste período, controlar e acompanhar tais alterações, reforçar as orientações, acompanhar o desenvolvimento da criança, etc.
AMAMENTAÇÃO
Amamentar é a melhor forma de alimentar o bebê. Isso acontece porque o leite materno contém todas as proteínas, vitaminas e água que a criança precisa para crescer saudável, além de possuir anticorpos e glóbulos brancos.
É sabido que o aleitamento protege o bebê de diversos tipos de alergias e doenças, além de melhorar seu desenvolvimento mental. Existem ainda evidências de que o leite materno reduz a incidência de doenças crônicas e diminui o risco de obesidade por conter nutrição na medida certa. Por isso, a Organização Mundial da Saúde recomenda um período de seis meses exclusivos de amamentação, sem dar nenhum outro tipo de alimento à criança.
Para que as mães possam se informar de todos os benefícios, tirar dúvidas e entender melhor como esse processo deve ser realizado, o melhor é ter uma boa conversar com o médico. Assim, é possível desfrutar de todos os benefícios desta fase.